Erisipelas e Linfedemas
As erisipelas e linfangites devem ser tratadas de forma intensiva para se evitar linfedema (elefantíase). Apesar de terem quadros clínicos semelhantes, as erisipelas e as linfangites são doenças diferentes, que podem ter em comum o mesmo agente agressor e a mesma forma de contágio.
A erisipela, também conhecida como febre de Santo Antônio, é um processo infeccioso do derma (camada da pele), causado pelo estreptococo (uma bactéria), e que agride os vasos linfáticos.
Às vezes, dependendo da maior virulência do estreptococo ou da menor resistência do paciente, pode complicar com a formação de bolhas e ulcerações (rachaduras da pele) com perda da linfa (líquido que circula nos vasos linfáticos).
Habitualmente, a porta de entrada dessas bactérias é uma micose interdigital (frieira), mas o contágio pode se dar também por pequenos ferimentos na pele.
A linfangite é o processo inflamatório dos vasos linfáticos, podendo ter origem bacteriana, por micose interdigital ou ferimento na pele, viral, fúngica ou parasitária por leishmaniose, filariose, toxoplasmose e oncocercose.
Os sintomas mais comuns das linfangites são: presença de estrias avermelhadas e quentes longitudinais na perna, estendendo-se desde a lesão cutânea até a virilha ; calor; dor local; adenomegalia inguinal (íngua); febre e edema (inchaço).
Tanto as erisipelas como as linfangites deverão ser tratadas de forma intensiva, pois, caso contrário, pode se instalar o linfedema (elefantíase), que, muitas vezes, adquire proporções dramáticas, levando a danos irreversíveis.
A profilaxia das erisipelas e linfangites consiste no combate às micoses interdigitais, cuidados especiais na higiene dos pés e tratamento de pequenos traumatismos ou arranhões e de pequenas infecções da pele. Uma vez instalada, o paciente deve procurar orientação imediata de um especialista, visto que uma só crise pode levar ao linfedema.